As proteínas são codificadas pela seqüência de aminoácidos do RNA mensageiro, que carrega a informação contida nas bases do DNA, em outras palavras, a seqüência de desoxirribonucleotídeos do DNA é transcrita para uma seqüência análoga de nucleotídeos no RNA mensageiro que vai trazer essa informação de dentro do núcleo para o citoplasma celular onde vai se dar a tradução em proteínas.
É bem fácil entender porque esse processo é chamado tradução, a informação genética é expressa predominantemente na forma de proteínas, a informação que indica toda a composição das proteínas está guardada nos ácidos nucléicos numa seqüência linear formada por um alfabeto de quatro caracteres: os quatro tipos de nucleotídeos. Os aminoácidos, constituintes das proteínas, representam um outro alfabeto constituído de vinte caracteres e a informação genética deve fluir do primeiro para o segundo, esse processo também é chamado biossíntese de proteínas.
Agora surge uma importante questão: como a informação genética contida na seqüência de nucleotídeos do RNA mensageiro é traduzida para a estrutura protéica? Trataremos dos mecanismos pelos quais a cadeia polipeptídica é construída e através dos quais os ribossomos tornam possível a transferência da informação genética para a seqüência apropriada dos aminoácidos na cadeia polipeptídica.
O estudo do mecanismo da biossíntese de proteínas já elucidou muitas dúvidas a respeito de doenças genéticas, aumentando a qualidade de vida de portadores e abrindo possibilidades para aprevenção. Além dessas doenças, está se tornando possível o combate a alguns vírus e bactérias.
Este sempre foi um campo que atraiu a curiosidade de muitos pesquisadores. Um ponto de vista inicial foi de que as peptidases e asenzimas proteolíticas funcionam não somente na degradação, mas também na síntese de proteínas. Contudo, com a descoberta do papel fundamental do ATP nas reações biossintéticas, assim como o estabelecimento do conceito de que reações biossintéticas e catabólicas possuem vias diferentes, a reversão da atividade hidrolítica pareceu um mecanismo improvável para a biossíntese protéica.
Os avanços nessa área foram significativos quando surgiram experimentos que aplicavam a técnica de isótopos marcados. Aminoácidos radioativos eram incorporados a células de animais intactas e assim era possível acompanhar a biossíntese das proteínas.
A partir dessas experiências surgiu uma noção primária da síntese protéica, foi comprovado que as proteínas dos tecidos animais sofrem alteração metabólica, que a síntese de proteína necessita uma fonte de energia metabólica e que os aminoácidos e não os peptídeos simples são os precursores imediatos da proteína.
A era moderna de pesquisa sobre o mecanismo da biossíntese deproteínas começou na década de 50, com as investigacões de P. C.Zamecnik e seus colegas, em Boston, que através da pesquisa em sistemas livres de células, foram os primeiros a identificar partículas ribonucleoproteicas, os ribossomos, como o sítio da biossíntese deproteína e o RNA transportador.
Este complexo mecanismo exige um número muito grande de macromoléculas e enzimas. Sendo que cada componente vai realizar uma função específica. Todos os aminoácidos devem estar presentes para ocorrer a síntese, se houver carência de um aminoácido, a tradução será interrompida num códon que o codifique. A fita de RNA mensageiro a ser traduzida, os RNAs transportadores, os ribossomos funcionais, as fontes de energia, as enzimas e os fatores protéicos necessários à iniciação, ao alongamento e à terminação da cadeia polipeptídica.
Todos esses componentes vão se reunir, vão apresentar afinidades uns pelos outros e vão reagir de maneira específica, com gasto energético, para formar as proteínas.
A tradução acontece em células eucariontes tanto no citosolcomo nas mitocôndrias, sendo que o mecanismo nas mitocôndrias estámais parecido com o que ocorre nos procariontes. Na verdade, o processo nos eucariontes se apresenta mais complexo e contém maior número de enzimas e fatores protéicos, mas tem uma base em comum com o processo procarionte.
By: scribd - RNA-RIBOSSOMICO
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